segunda-feira, 29 de dezembro de 2014
Brasileiro trabalha cinco meses por ano de graça, ou pior para pagar impostos.
11:51
Saulo Rodrigues
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Cinco meses de trabalho por ano do brasileiro são apenas para pagar tributos, segundo estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT).
De janeiro a maio nossos salários são destinados para o pagamento de impostos.
O cálculo considera os impostos sobre a renda, o patrimônio e o consumo. Em média, há comprometimento de 40,98% da renda bruta do trabalhador para os fiscos federal, estadual e municipal.
A “alforria” tributária dos contribuintes, segundo o IBPT, foi concedida, neste ano, pelo governo brasileiro, apenas em 30 de maio, o que significa dizer que, somente a partir dessa data a pessoa começou a trabalhar para si mesma, sem intervenções fiscais. São 150 dias de trabalho para os três fiscos – um a mais que no ano passado.
Além disso, a alíquota mais elevada (27,5%) recai sobre renda mais baixa do que em países como Estados Unidos, Inglaterra e Argentina, de acordo com estudo da consultoria Ernst & Young Terco. Os brasileiros com renda mais baixa também recolhem, em proporção, mais do que trabalhadores de extratos superiores.
Menos reembolsos para a sociedade
Segundo ainda o IBPT, entre os 30 países com cargas tributárias mais altas, o Brasil é o que menos devolve em serviços e investimentos à sociedade. Além de trabalhar cinco meses no ano só para pagar impostos, o brasileiro precisa dedicar a renda de outros quatro meses para suprir a lacuna deixada pelos maus serviços prestados pelo Estado.
Os investimentos em áreas básicas são menos eficazes que em outros países, segundo dados do Instituto. O Brasil e a Coreia do Sul investem o mesmo percentual do Produto Interno Bruto (PIB) na área, em torno de 4,5%. Porém, enquanto os alunos sul-coreanos estão entre os mais bem avaliados nos testes internacionais Pisa, os brasileiros estão entre os piores.
Segundo o presidente do IBPT, João Eloi Olenike, o aumento da eficiência na gestão e nos gastos públicos permitirá fazer muito mais com menos, melhorando os serviços com redução da carga tributária. Ele explicou que não se justifica o aumento de tributos, uma vez que vivemos num dos países que mais cobram impostos e “os valores recolhidos não retornam em serviços como segurança, rodovias sem pedágio e saneamento básico”, apontou.
O economista Paulo Rabello de Castro, da RC Consultores, explicou que o crescimento da carga tributária tem freado a taxa de eficiência da economia de modo significativo nos últimos anos que se poderia afirmar que o Brasil perdeu, pelo menos, um ano de PIB a cada década.
Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central, disse que a elevação da carga tributária nos últimos anos foi destinada em sua grande maioria para custear o aumento dos gastos correntes dos governos, incluindo benefícios sociais e salários de funcionários públicos.
Fonte: https://www.ibpt.org.br/noticia/103/Brasileiro-trabalha-cinco-meses-por-ano-para-pagar-impostos
sexta-feira, 19 de dezembro de 2014
OS SERVIDORES PÚBLICOS APOSENTADOS E OS QUE REUNIAM CONDIÇÕES DE SE APOSENTAR ATÉ 19 DE DEZEMBRO DE 2003 TEM ASSEGURADO O DIREITO SUBJETIVO, JÁ INCORPORADO AOS SEUS PATRIMÔNIOS JURÍDICOS, DE NÃO PAGAREM CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
05:40
Saulo Rodrigues
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OS SERVIDORES PÚBLICOS APOSENTADOS E OS QUE REUNIAM CONDIÇÕES DE SE
APOSENTAR ATÉ 19 DE DEZEMBRO DE 2003 TEM ASSEGURADO O DIREITO SUBJETIVO, JÁ INCORPORADO AOS SEUS PATRIMÔNIOS JURÍDICOS, DE NÃO PAGAREM
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
É indevida cobrança de contribuições previdenciárias ao IPREM durante o período de inatividade para servidores aposentados antes de 2003, porque o Colendo Supremo
Tribunal Federal firmou entendimento, nos autos da ADI 3105/04, sob a Relatoria
para acórdão do Ministro Cezar Peluso, no sentido de que, antes da Emenda
Constitucional n.º 41/03, os segurados aposentados e pensionistas não estão sujeitos
à contribuição previdenciária.
Isto
porque, os servidores públicos aposentados e os que preenchiam as exigências de
aposentação antes da vigência da nova norma constitucional estavam submetidos,
quando das suas aposentadorias ou momento em que poderiam se aposentar, a
regime previdenciário que não tinha caráter contributivo ou solidário (antes da
EC 20, de 15 de dezembro de 1998), ou apenas tinha caráter contributivo (depois
dessa mesma EC nº 20, de 1998).
Daí que aqueles servidores públicos, depois de
se aposentarem, tinham garantidos, em virtude do próprio sistema previdenciário
estabelecido na CF, o direito de não pagarem mais contribuição previdenciária
durante o período de inatividade.
Assim,
os servidores públicos aposentados e os que reuniam condições de se aposentar
até 19 de dezembro de 2003 tem assegurado o direito subjetivo, já incorporado
aos seus patrimônios jurídicos, de não pagarem contribuição previdenciária.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2014
SERVIDORES DO MUNICÍPIO DE BURITAMA. LIMITE MÁXIMO DOS BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS.
06:55
Saulo Rodrigues
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SERVIDORES DO MUNICÍPIO DE BURITAMA. LIMITE MÁXIMO DOS BENEFÍCIOS
PREVIDENCIÁRIOS.
O salário-de-benefício
constitui-se na média aritmética dos salários-de-contribuição do segurado.
Antes do advento da Lei nº
9.876, de 1999, o salário-de-benefício correspondia à média aritmética dos 36
últimos salários-de-contribuição devidamente corrigidos.
Após a Lei nº 9.876, 1999, o salário-de-benefício equivale à média
aritmética dos 80% maiores salários-de-contribuição.
O artigo 29, em seu §2º, e o artigo 33, dispositivos que nunca sofreram alterações,
determinam que o valor do salário-de-benefício não será superiora ao limite máximo
do salário-de-contribuição na data de início do benefício e que a renda mensal
do benefício de prestação continuada não terá valor superior ao limite máximo
do salário-de-contribuição.
O artigo 41 da LB, desde a redação original, determina que por
ocasião do reajustamento dos benefícios deve haver respeito ao limite-teto.
Somente a partir da EC nº 20 de 1998, é que o limite-teto da
previdência deixou de constar tão só em normas ordinárias.
O art. 14 da EC 20/98, estabelece limite máximo para os benefícios
do Regime Geral de Previdência Social em 1.200,00.
Em 31 de dezembro foi publicada a EC nº 41/2003, que em seu artigo
5º fixou novo valor para o teto em R$ 2.400,00.
O artigo 248 da CF/88, foi acrescentado pelo art. 2º da EC
41/2003:
“ Art. 248: Os benefícios pagos, a qualquer título, pelo órgão
responsável pelo regime geral de previdência social, ainda que à conta do
Tesouro Nacional, e os não sujeitos ao limite máximo de valor fixado para os
benefícios concedidos por esse regime observarão os limites fixados no art. 37,
XI.”
Esse regramento constitucional prevê a necessidade de limitação
dos benefícios “não sujeitos ao limite máximo” previsto no RGPS ao que estatui
o artigo 37, XI, da Carta Suprema, que por sua vez traz previsão de limite-teto
no âmbito do formalismo público.
Em síntese, o teto de cunho ordinário, previsto no artigo 5º da EC
nº 41, 2003, no artigo 28, §5º, da Lei 8.212/91, nos artigos 29, §2º, 33, 41 e
135 da Lei 8213/91, aplicável a todos os benefícios ofertados pela previdência
social.
Em 20 de junho de 2006, a Presidência do INSS editou a Instrução
Normativa nº 7, 21.06.2006, que determina a revisão de todos os benefícios
previdenciários, de modo a que nenhum deles ultrapasse os limites impostos pelo
artigo 248 da CF/88.
Pelo Município de Buritama o plano de benefício municipal foi
criado pela Lei 2.123/92, que não prevê qualquer limitação para os SERVIDORES
APOSENTADOS antes da LC 16/2006. Diz o artigo 69, §4º da Lei 2.123/92:
§4º Para o cálculo dos
benefícios toma-se por base o salário que recebia da Prefeitura
Municipal no mês em que teve início a aposentadoria e acrescentar todos os aumentos que após essa data foram autorizados
mediante Leis Municipais aos servidores municipais em atividade.
Assim, até o advento da LC 16/2006, a Lei 2.123/92, determina que
para o cálculo do benefício de aposentadoria deve haver correspondência entre o
valor percebido na ativa pelo servidor aposentado.
Após LC 16/2006, a média aritmética dos salários-de-contribuição
foi limitada pelo salário recebido no cargo efetivo. Pelo Município de Buritama
essa previsão se encontra no artigo 55, §5º da LC 16/2006:
Art. 55 No cálculo dos proventos das
aposentadorias referidas nos art. 28, 29, 30, 31 e 50 será considerada a média
aritmética simples das maiores remunerações ou subsídios, utilizados como base
para as contribuições do servidor aos regimes de previdência a que esteve
vinculado, correspondentes a oitenta por cento de todo o período contributivo
desde a competência julho de 1994 ou desde a do início da contribuição, se
posterior àquela competência.
§ 5º Para os fins deste artigo, as remunerações
consideradas no cálculo da aposentadoria, atualizadas na forma do § 1º, não poderão ser:
I – inferiores ao valor do salário-mínimo;
II – superiores ao limite máximo do
salário-de-contribuição, quanto aos meses em que o servidor esteve vinculado ao
RGPS.
Assim, para os aposentados até a LC 16/2006, o valor percebido a
título de aposentadoria deve acompanhar o valor recebido pelos SERVIDORES DA
ATIVA CONFORME DEMONSTRADO NA ESCALA DE VENCIMENTOS DE CARGOS EFETIVOS.
AS EMENDAS CONSTITUCIONAIS GARANTEM UMA TRANSIÇÃO MENOS GRAVOSA
AOS SERVIDORES QUE TINHAM EXPECTATIVAS DE SE APOSENTAREM NOS CRITÉRIOS QUE
ESTABELECEM A PARIDADE E INTEGRALIDADE DOS PROVENTOS ENTRE ATIVOS E INATIVOS.
Para efeitos de sistematização das regras de aposentadoria, existem dois
grandes grupos:
1. SERVIDORES APOSENTADOS OU ELEGÍVEIS ANTES
DA EC 41/03 (arts. 3º e 7º da EC 41/03);
2. SERVIDORES APOSENTADOS APÓS A EC
41/03 – esse grupo subdivide-se em três, de acordo com a
data de ingresso do servidor no serviço público:
- servidores que ingressaram até 16.12.1998 (data de publicação da EC
20/98) – art. 2º da EC 41/03 e art. 3º da EC nº 47/05;
- servidores que ingressaram até 31.12.2003 – art. 6º da EC 41/03 e
arts. 2º e 5º da EC nº 47/05;
- servidores que ingressaram a partir de 1º 1.2004 – art. 40 da CF.
(1) SERVIDORES APOSENTADOS OU ELEGÍVEIS ANTES DA EC 41/03 (até 31.12.2003):
- APOSENTADORIA REGIDA PELOS ARTS. 3º E 7º DA EC 41/03
- PROVENTOS INTEGRAIS E PARIDADE ASSEGURADA (extensão de reajustes e
aumentos [02])
- ABONO DE PERMANÊNCIA PARA OS ELEGÍVEIS E CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA
PARA OS INATIVOS.
(2) SERVIDORES APOSENTADOS APÓS A EC 41/03 (a partir de 1º.1.2004):
Os servidores aposentados após a EC nº 41/03 terão o seu regime
normativo de aposentadoria definido de acordo com a data de ingresso no
serviço público, dividindo-se em três subgrupos:
3.Servidores que ingressaram no serviço público a partir de 1º.1.2004
(regra geral):
- APOSENTADORIA REGIDA PELO ART. 40 DA CF/88
- 60/55 ANOS DE IDADE
- 35/30 ANOS DE CONTRIBUIÇÃO
- 10 ANOS DE EFETIVO EXECÍCIO NO SERVIÇO PÚBLICO
- 5 ANOS NO CARGO EM QUE SE DER A APOSENTADORIA
- FIM DA INTEGRALIDADE E DA PARIDADE - proventos calculados e
reajustados de acordo com as regras permanentes (§§ 3º, 8º e 17 do art. 40 da
CF/88)
- ABONO DE PERMANÊNCIA PARA OS ELEGÍVEIS E CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA
PARA OS INATIVOS
4.Servidores que ingressaram no serviço público até 31.12.2003:
- APOSENTADORIA REGIDA PELO ART. 6º DA EC 41/03
- 60/55 ANOS DE IDADE
- 35/30 ANOS DE CONTRIBUIÇÃO
- 20 ANOS DE EFETIVO EXERCÍCIO NO SERVIÇO PÚBLICO
- 10 ANOS DE CARREIRA E 5 ANOS NO CARGO EM QUE SE DER A APOSENTADORIA
- INTEGRALIDADE E PARIDADE (extensão, aos servidores inativos, dos reajustes e aumentos concedidos
aos servidores ativos) – o art. 2º da EC nº 47/05 estendeu a todos os
servidores aposentados na forma do art. 6º da EC nº 41/03 a paridade e a
integralidade na forma assegurada no art. 7º da EC nº 41/03, ou seja, em toda a
sua extensão. Além disso, o art. 5º da EC nº 47/05 revoga o parágrafo único do
art. 6º da EC nº 41/03 que estabelecia a paridade apenas mitigada para os servidores
que se aposentassem após a EC nº 41/03.
5.Servidores que ingressaram no serviço público até 16.12.1998 (esses
servidores possuem, agora, duas regras de aposentação: uma prevista no art. 2º
da EC nº 41/03 - extremamente desvantajosa, em todos os sentidos - e outra
introduzida pelo art. 3º da EC nº 47/05):
- APOSENTADORIA REGIDA PELO ART. 2º DA EC 41/03 (opção pelo art. 6º da
EC 41/03 e pela regra geral do art. 40 da CF)
- 53/48 ANOS DE IDADE
- 5 ANOS DE EFETIVO EXERCÍCIO NO CARGO EM QUE SE DER A APOSENTADORIA
- 35/30 ANOS DE CONTRIBUIÇÃO
- PEDÁGIO (20%) E REDUTOR (3,5% ou de 5%)
- FIM DA INTEGRALIDADE E DA PARIDADE - proventos calculados e
reajustados de acordo com as regras permanentes (§§ 3º 8º e 17 do art. 40 da
CF/88)
-ABONO DE PERMANÊNCIA PARA OS ELEGÍVEIS E CONTRIBUIÇÃO PREVICIÁRIA PARA
OS INATIVOS
Os servidores que ingressaram no serviço público até 16.12.1998 poderão aposentar-se, desde que cumpridos os seguintes requisitos (além de optar pelas regras dos arts. 2º e 6º da EC 41/03 e do art. 40 da CF):
- 35/30 ANOS DE CONTRIBUIÇÃO
- 25 ANOS DE EFETIVO EXERCÍCIO NO SERVIÇO PÚBLICO
- 15 ANOS DE CARREIRA
- 5 ANOS NO CARGO EM QUE SE DER A APOSENTADORIA
- PARA CADA ANO DE CONTRIBUIÇÃO QUE EXCEDER AO LIMITE DE 35/30 ANOS,
SERÁ DIMINUÍDO UM ANO DO LIMITE DE IDADE DO ART. 40 (60/55 anos),
- NÃO HÁ REDUTOR NO VALOR DOS PROVENTOS
- PROVENTOS INTEGRAIS E PARIDADE (extensão de reajustes e aumentos)
De outro turno, conforme já destacado, o art. 2º da EC nº 47/05 estendeu
o art. 7º da EC 41/03 aos servidores que se aposentarem na forma do art. 6º da
EC 41/03 (ou seja, que ingressaram no serviço público até 31.12.2003). Essa
extensão, somada à revogação do § 1º do art. 6º da EC 41/03 - art. 5º da EC nº
47/05 – implica na garantia da paridade, em toda a sua amplitude, aos
servidores que ingressaram até 31.12.2003, aposentados na forma do art. 6º da
EC nº 41/03.
NOTA: destaque-se que os servidores que ingressaram até 16.12.1998 podem
optar pela aposentadoria na forma do art. 6º da EC 41/03, bem de acordo com a
regra geral do art. 40 da CF.
Da mesma forma, os servidores que ingressaram até
31.12.2003 podem optar pela aposentadoria na forma do art. 40 da CF.
SERVIDORES DO MUNICÍPIO DE BURITAMA. LIMITE MÍNIMO DOS BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS.
04:06
Saulo Rodrigues
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SERVIDORES DO MUNICÍPIO DE BURITAMA. LIMITE MÍNIMO DOS BENEFÍCIOS
PREVIDENCIÁRIOS.
LIMITES MÍNIMO DOS
BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS.
LIMITE MÍNIMO.
A
CF/88, no artigo 201, §5º, redação original (Esse dispositivo, após a EC 20, de
15.12.1998, está situado no §2º do artigo 201 da CF/88), dispôs: "Nenhum
benefícios que substitua o salário-de-contribuição ou o rendimento do trabalho
do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo)".
No
regime previdenciário anterior à CF/88, os trabalhadores rurais usufruíam
benefícios de valor inferior ao salário mínimo. Podem ser citados também os
beneficiários da Lei 6.179, de 11.12.1974, que instituiu o amparo
previdenciário para maiores de setenta anos de idade e para inválidos.
O
Colendo STF firmou-se no sentido de que o §5º do art. 201 da Carta Magna trata
de norma de eficácia imediata, norma que independe de edição de lei
regulamentadora (Lei 8.213/91) ou instituidora de fonte de custeio (lei 8.212,
91), para sua aplicabilidade.
Desta
feita, com a promulgação da CF em 05.10.1988, todos os segurados da previdência
tiveram garantido o direito de receber benefício não inferior ao salário
mínimo, desde que substitutivo de salário-de-contribuição ou do rendimento do
trabalho.
Editou o então Ministério
da Previdência e Assistência Social a Portaria nº 714, em 10.12.1993,
reconhecendo o direito em prol dos segurados ao percebimento de, no mínimo, 1
salário mínimo desde a promulgação da Carta Magna de 1998 até abril de 1991.
A Portaria MPAS nº 714/93
determinou o pagamento desse intervalo de 30 meses em 30 parcelas mensais, a
contar de março de 1994 e findar em agosto de 1997.
Todavia, a Municipalidade parece ignorar o arcabouço legal
previdenciário que tem evoluído no sentido de vedar a humilhação do trabalhador
com o pagamento de benefício inferior ao Mínimo. Leia-se o valor do teto Mínimo
Municipal no valor de R$ 896,00.
É de sabença comezinha que desde o advento da Lei Complementar
Municipal nº 16/2006, pouco, ou mesmo, nada se evoluiu no sentido de garantir
ao servidor um bom benefício previdenciário futuro em paridade com a
remuneração recebida pelo Servidor no cargo efetivo.
Embora a L.C. 16/2006, limite a concessão do benefício ao valor da
remuneração no cargo efetivo (artigo 55, §5º), o mínimo municipal não é
respeitado.
A conduta manifestada pelo IPREM é um acinte, que, deve, por isso
mesmo, ser contida de imediato mediante a intervenção no Judiciário.
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