Dilma admite que governo errou ao deixar controle do Fies para faculdades particulares.
"O
governo cometeu um erro no Fies. Passou para o setor privado o controle dos
cursos. Não fazemos isso com o Prouni, não fazemos com o Enem, não fazemos com
ninguém. Isso não é culpa do setor privado. Fomos nós que fizemos isso. Em vez
de controlar as matrículas, quem controlava era o setor privado", disse
Dilma.
Desde
que foram publicadas, no final do ano passado, alterações nas regras do Fies, o
fundo tem sido alvo de embate entre governo e instituições privadas. Restrições
de qualidade e de valores foram impostas à oferta de financiamento. Estudantes
não estão conseguindo renovar contratos com instituições que tiveram reajustes
nas mensalidades acima de 6,4% e estão enfrentando um sistema congestionado
para novos financiamentos.
Sobre a exigência de nota mínima, de 450 pontos em média, nas provas do Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem), a presidente defendeu a medida, e disse ser
inaceitável alguém que tirou "zero em português" ter acesso ao
financiamento. "Esse que teve zero compromete o Brasil", disse Dilma.
Ela negou que haja problemas com o Programa Nacional de Acesso ao Ensino
Técnico e Emprego (Pronatec) e reafirmou o compromisso de oferta total de 12
milhões de vagas.
Problemas
para novos e antigos contratos
No
fim da semana passada, o secretário executivo do MEC, Luiz Cláudio Costa,
garantiu que todos os contratos já abertos no Fies serão renovados. "Todos
têm assegurado o aditamento de seus contratos", disse. A pasta esclarece
que, a qualquer momento em que for feito o aditamento, ele vale desde o início
do semestre. A lentidão no sistema, enfrentada por alunos, está sendo
corrigida, acrescenta o MEC.
Fonte: http://guiadoestudante.abril.com.br/
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